domingo, 16 de outubro de 2011

Trabalhador - Seu Jorge

Trabalhador Seu Jorge
Está na luta, no corre-corre, no dia-a-dia
Marmita é fria mas se precisa ir trabalhar
Essa rotina em toda firma começa às sete da manhã
Patrão reclama e manda embora quem atrasar

Trabalhador...
Trabalhador brasileiro
Dentista, frentista, polícia, bombeiro
Trabalhador brasileiro
Tem gari por aí que é formado engenheiro
Trabalhador brasileiro
Trabalhador...

E sem dinheiro vai dar um jeito
Vai pro serviço
É compromisso, vai ter problema se ele faltar
Salário é pouco não dá pra nada
Desempregado também não dá
E desse jeito a vida segue sem melhorar

Trabalhador...
Trabalhador brasileiro
Garçom, garçonete, jurista, pedreiro
Trabalhador brasileiro
Trabalha igual burro e não ganha dinheiro
Trabalhador brasileiro
Trabalhador...
A letra da música acima retrata “a triste realidade” de grande parte dos trabalhadores que vivem um trabalho sem perspectivas sociais econômicas e culturais Tal fazer, os mantêm às margens da sociedade, reforçando cada vez mais a desigualdade social.

EJA

O objetivo desse documentário foi identificar nas subjetividades dos jovens e dos adultos no processo de alfabetização, os sentimentos que possam intervir neste processo.
Por: Amanda Passalini

sábado, 15 de outubro de 2011

A solução é a EDUCAÇÃO

Por: Amanda Passalini  

O faxineiro Jair não desistiu e quer melhorar de vida através do estudo


O faxineiro Jair nos mostra uma história de superação, pois mesmo tendo seu direito à educação negado, ele não desistiu de alcançar seu objetivo.
Publicado por : Amanda Passalini

Homenagem aos Professores


Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
Paulo Freire
Postado por: Amanda Passalini

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Sou Boy





Acordo 7 Horas tomo o ônibus Lotado
Entro 8 e meia, eu chego sempre atrasado
sou boy, eu sou boy, sou boy
boy, sou boy

Atento 8 e Meia eu tenho que bater cartão
Mal piso na firma tem serviço de montão
eu sou boy, eu sou boy, eu sou boy
boy, eu sou boy

Ando pela rua pago conta pego fila
Vou tirar xerox e batalho algumas pila
sou boy, eu sou boy, eu sou boy
boy, eu sou boy

Na hora do almoço a minha fome é de Leão
Abro a marmita e o que vejo? Feijão!
Chega o fim do mês com toda aquela euforia
Todos ganham bem e eu aquela micharia
Sou boy, eu sou boy, eu sou boy
eu sou boy

(solo)

E logo chega a tarde estou com pressa de ir embora
Meus pés estão doendo e meus calos estão pra fora
Sou boy, eu sou boy, eu sou boy
boy, eu sou boy

Bate 5 e meia a Sé tem filas infinitas
ônibus lotado e cai da mala minha marmita
Sou boy,eu sou boy, eu sou boy...
boy, eu sou boy

Na hora do almoço a minha fome é de Leão
Abro a marmita, e o que vejo? Feijão!
Chega o fim do mês com toda aquela euforia
Todos ganham bem e eu aquela micharia
Sou boy, eu sou boy, eu sou boy
eu sou boy

eu sou boy
eu sou boy
eu sou boy
eu sou boy

Não, boy..
eu sou boy

Oh céus, céus
eu sou boy

Oh, Oh boy

Oh, não

Como é duro ser boy
Como sofre um Office boy
Mas eu tenho orgulho
eu sou boy

Oh



 A letra da música Sou Boy de Magazine/kid Vinil só reafirma a triste realidade do trabalhador Brasileiro que começa logo bem cedo quando este se desloca de sua casa para o longínquo trabalho. Este deslocamento muito difícil por sua vez é bem desmotivante, pois os transportes públicos no Brasil não funcionam como deveriam fazendo os trabalhadores ficarem horas retidos dentro de trem, metrô e ônibus, sempre muito cheios. Além destes trabalhadores não receberem um salário digno para suas atividades.

Douglas Franco Espolador

Admirável chip novo


Pane no sistema, alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vem eles novamente
E eu sei o que vão fazer:
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, morre, gaste e viva
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga...
Não senhor, Sim senhor 
Pane no sistema, alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vem eles novamente
E eu sei o que vão fazer:
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, morre, gaste e viva
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga...
Não senhor, Sim senhor 
Mas lá vem eles novamente
E eu sei o que vão fazer:
Reinstalar o sistema.
Pitty

A letra dessa canção retrata o trabalho alienado, mostra que o trabalhador da modernidade, é visto como uma máquina, cuja função é apenas produzir, sem manifestar suas idéias e habilidades. A alienação afeta milhões de trabalhadores nas sociedades capitalistas modernas, onde a produção econômica transformou-se no objetivo do homem, em vez de o homem ser o objetivo da produção.
Amanda Aparecida Passalini

Análise do quadro "O Sapateiro de Brodowski" de Candido Portinari

Quando fui pesquisar uma obra de arte para esta atividade já fui certa de que gostaria de analisar uma obra de Portinari pois, acho seus quadros fantásticos. Ao pesquisar, encontrei este quadro e fiquei impressionada.
Primeiro porque ele retrata um pouco da história de minha família visto que sou filha de um sapateiro e durante toda minha vida convivi e admirei esta profissão. Quando meu pai era jovem, a cidade de Iconha, onde moro, era bastante pequena, não tinha muitas lojas e a educação não era considerada algo tão fundamental. Aprender uma profissão era uma necessidade de sobrevivência. Como morava perto do único sapaterio da cidade começou a trabalhar de ajudante e aprendeu o ofício. Quando o mesmo se aposentou ele assumiu a sapateria. Com o passar do tempo a cidade de modernizou e a profissão acabou se tornando escassa. Hoje na cidade existem apenas duas pessoas que exercem esse ofício. Apesar de ter estudado apenas até a 7ª série meu pai conseguiu, com essa profissão sustentar a minha família e ainda possui uma clientela grande e fiél.
Outro motivo pelo qual esolhi esta obra de Portinari foi pelos vídeos da semana passada em que haviam as situações de um alfaiate e de uma indústria em que percebeu-se a riqueza de detalhes do trabalho do alfaiate e do prazer com que desenvolvia o mesmo. Já os trabalhadores da indústria de tecidos não tinham identificação com os produtos e nem com o trabalho.
Comparo o alfaiate ao sapateiro que, como disse na outra semana, são profissões praticamnete em "extinsão" mas que, apesar de não terem oportunidade de frequentar a escola aprenderam uma profissão e conseguiram ser alguém através dela. Hoje talvez não teriam essa oportunidade pois o mercado se modificou muito e necessita cada vez mais de pessoas qualificadas e com um nível de educação elevado. Por esse motivo é fundamental investir em políticas educacionais que oportunizem os jovens a conquistar uma formação profissional eficiente. Nesse contexto, a educação profissional é a porta de entrada para muitos jovnes ao mercado de trabalho e posterioemente à educação superior.

Por Gabriela Biancardi Braga.
BREVE HISTÓRICO DAS REFORMAS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL

A partir da década de 30 ocorreu no Brasil uma significativa industrialização que movimentou a sociedade da época e fez-se necessário a preparação de profissionais para atuar nas indústrias.
Em 1942, ocorreu a reforma Capanema em que a educação profissional foi estruturada como parte integrante do sistema educacional brasileiro. No conjunto das Leis Orgânicas da Educação Nacional foi mantido um caráter dualista em que o ensino secundário e o ensino normal tinham como objetivo formar as elites que conduziam o país e a educação profissionalizante formaria os filhos dos operários.
Essa dualidade permaneceu na educação brasileira durante muito tempo. Na década de 70 o Brasil vivenciou o milagre econômico. Por essa razão, difundiu-se no país a necessidade de vincular a educação aos planejamentos econômicos, como forma de contribuir com o desenvolvimento econômico do país. E, para isso, foi necessário adequar a educação às necessidades de qualificação de mão-de-obra que esse novo mercado necessitava.
Nesse contexto, foi aprovada a Lei nº 5692/71 que reformou os ensinos de 1º e 2º graus. Devido à necessidade de formar técnicos de nível médio o ensino de 2º grau passou a ter um caráter profissionalizante, acentuando uma crise de identidade nesse nível de ensino.
Na década de 90, com a regulamentação da nova LDB 9394/96 o ensino médio foi configurada como uma etapa da educação básica e a educação profissional passou a ter um capítulo dedicado somente a ela.
Em 1997, o decreto 2208/97, estabeleceu novamente a separação da educação profissionalizante da educação geral. A partir desse decreto ficam definidos objetivos e estabelecidas orientações para a formulação dos currículos dos cursos técnicos.   
Assim, a educação profissional foi dividida em três níveis de ensino: o básico, em que os trabalhadores teriam uma qualificação independente da escolaridade prévia; o técnico, que proporcionaria a formação em nível médio podendo ser oferecido de forma concomitante ou seqüencial ao ensino médio; e o tecnológico que correspondia a formação em nível superior. Nesse contexto, retoma-se uma divisão dualista do sistema educacional, destinando-se ao atendimento de uma determinada classe social.
Já em 2004, o decreto 2208/97 foi revogado pelo decreto 5124/2004 que restituiu a possibilidade de articulação do currículo do ensino médio ao da educação profissional mediante a oferta do ensino técnico integrado ao ensino médio, rompendo com a dualidade histórica produzida na educação brasileira.
Todas essas reformas tiveram contribuições e consequências importantes para o desenvolvimento da educação profissional como temos hoje no Brasil. Nos últimos anos, o Brasil vivenciou um crescimento do mercado de trabalho e a falta de mão-de-obra qualificada é uma triste realidade. Observou-se também uma crescente oferta de cursos técnicos e dos institutos federais de educação. Mas, no atual estágio da economia é extremamente difícil antecipar o futuro, entretanto, estar atento as tendências de mercado ajudará a delimitar as necessidades e espaços da educação profissional.
O ensino profissionalizante não garante a empregabilidade, mas para muitos é a porta de entrada para o mercado de trabalho. Mesmo assim, deve-se investir em uma formação em nível superior para aumentar a qualificação e garantir maiores chances de emprego.
Apesar do significativo crescimento do Brasil é preciso ir além e buscar uma formação que permita desenvolver competências e habilidades técnicas que assegurem a autonomia, a criticidade, a criatividade que são elementos fundamentais a formação de todos os profissionais.

Texto escrito por Gabriela Biancardi Braga.
Saiba mais em: www.senac.br


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A Educação e o Combate ao Trabalho Infantil


A Educação e o Combate ao Trabalho Infantil
(Por Cleomar Manhas*)

O dia 12 de junho é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. O Brasil possui legislação avançada com relação ao tema, a começar pelo texto constitucional que ressalta em seu artigo sétimo a “proibição de trabalho noturno, perigoso einsalubre a menores de dezoito anos e de qualquetrabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.”
O Brasil também é signatário da Convenção 182 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) aprovada em 1999 epromulgada no país por decreto em 2000, que prevê que os países que ratificaram o texto deverão banir as piores formas de trabalho infantil queentre outras, correspondem às formas de trabalho escravo, ao tráfico de crianças, à prostituição, recrutamento para atividades ilícitas como o tráfico de drogas; trabalhos que possam afetar a saúde física e psíquica das crianças. Para a aplicação do previsto no texto da Convenção, são consideradas crianças qualquer pessoa com menos de dezoito anos.
Pode-se constatar, então, que o nosso país possui leis que atentam para a proteção de criançase adolescentes, especialmente, se relacionada à proibição do trabalho precoce, que infelizmentainda precisam ser de fato implementadas, haja vista os resultados demonstrados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE) de 2007, onde se diz que o trabalho infantil atinge 10,8% da população entre 5 e17 anos, ou cerca de 4,8 milhões de crianças e adolescentes.
Além disso, percebemos que a maioria das/os adolescentes que estavam desenvolvendotrabalhos domésticos não possuía direito trabalhista algum, ou seja, se encontram em situação de trabalho ilegal. Até porque o trabalho infantil desenvolvido em âmbito doméstico dificilmenteé notificado, por não haver fiscalização, além de muitas vezes nem ser visto como trabalho, mas sim como “favor” que se presta a famílias mais pobres.
Outros pontos relevantes, que merecem destaque na pesquisa dizem respeito à relação trabalho infantil e escola. A Pnad 2007 constatou que o número de crianças matriculadas vem aumentando e o número daquelas que estudam e trabalham está diminuindo; contudo, a parcela daquelas que só trabalham se manteve inalterada, ou seja, as crianças que trabalham têm maior dificuldade de frequentar a escola, além de não conseguirem mudar suas realidades. A pesquisa demonstrou, ainda, que os locais com maior incidência de trabalho infantil também são os locais com menores Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
O levantamento do Pnad também verificou a questão da cor e da situação econômica dotrabalho infantil, visto que crianças e adolescentes submetidas a esse tipo de situação em geral são negras e pardas e pertencem a famílias de baixa renda residentes nas áreas rurais das regiões norte e nordeste. Ou seja, aqui estão juntas várias formas de exclusão: de raça, derenda e de regionalidade.
Infelizmente não se tem dados desagregados relacionando analfabetismo e trabalho infantil, mas a maior taxa de analfabetismo também está concentrada nesta faixa populacional. E por analogia pode-se inferir que as crianças submetidas ao trabalho infantil e fora da escola também se concentram nas famílias com menor escolaridade.
Atualmente está em discussão no Senado um projeto de lei que propõe alterações na Lei Pelé. Desde que o projeto estava na Câmara dos Deputados a sociedade civil e o Ministério Público doTrabalho tentam inserir em seu texto medidas de proteção ao/a atleta em formação, tais como vínculo na carteira de trabalho e previdência social, fundo de garantia, pagamento de piso deum salário mínimo, frequência obrigatória na escola. No entanto, os clubes de futebol estão fazendo forte pressão para que os parlamentares não aceiteestas alterações, pois resultariam em gastos para estas entidadeesportivas.
E o mais grave é queem muitos casos, as próprias famílias dos atletas em formação,especialmente as de baixa renda, não exigem nada na esperança que os/as filhos/as sejam futuros fenômenos, ou futuros “ronaldinhos”. Enquanto uma ínfima parcela consegue o tãoesperado sucesso, a maioria acaba por retornar ao mundo seestar na escola, sem garantias etendo de se submeter a trabalhos que não lhes dão de um futuro mais promissor que o de seus pais.
A resolução desta grave questão reside no desenvolvimento de políticas intersetoriais queataquem todos os lados do problema, no entanto, a educação deve ser a política de frente, visto que é o direito agregador de outros direitos. É inegável que entre as famílias com maiorescolaridade o trabalho infantil é praticamente inexistente, pois mesmo aquelas pessoas que, por inúmeros motivos, que vão do desconhecimento ao egoísmo, defendem o trabalho infantil, se estivereentre as famílias com melhores rendas, não defendem para seus filhos, mas sim para os filhos dos pobres que são úteis para cuidar de suas casas e zelar pelos seus filhos quvão à escola, enquanto eles lavam suas roupas.
Postado por: Amanda Aparecida Passalini